Vila A Mais

A Binacional informou que vai focar nas negociações já iniciadas e divulga balanço das primeiras vendas diretas realizadas até agora.

Atendendo aos pedidos dos moradores, a Itaipu Binacional comunica que não fará novas ofertas de venda de casas na Vila A em 2024, concentrando seus esforços nas negociações já em andamento. A empresa reforça que não está realizando nenhum processo de devolução dos imóveis ocupados por famílias que não puderem ou não desejarem adquirir as casas. Pelo contrário, as instituições cujos contratos estavam prestes a vencer tiveram suas permissões renovadas até 2026. “Estamos focados nas vendas, portanto, a desocupação não é uma questão que estamos tratando ou que trataremos neste momento. Nos documentos entregues, há um prazo para a entrega voluntária do imóvel, mas já informamos os moradores que não precisam fazer isso agora”, esclareceu Iggor Gomes Rocha, diretor administrativo da Itaipu Binacional.

Na primeira fase de venda das casas aos moradores da Vila A, das 21 moradias ofertadas, 15 foram adquiridas pelos moradores, sendo que 13 já quitaram os valores, enquanto os outros dois ainda estão dentro do prazo de pagamento, representando 71% de vendas concluídas.

Em um segundo lote de imóveis, a Itaipu apresentou propostas a outros 110 moradores. Destes, 60 indicaram interesse em comprar (54%) e apenas sete declinaram a oferta. O restante ainda está no prazo de resposta. “Esse número expressivo demonstra a preocupação dessas pessoas em se preparar para esse momento e adquirir seus imóveis”, destacou o diretor administrativo.

Ao todo, foram entregues 130 propostas a permissionários, que incluem entidades como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a Prefeitura de Foz do Iguaçu e o Ministério do Trabalho. A regularização das casas atende a uma demanda histórica, permitindo que os atuais moradores possam adquirir seus imóveis, uma mudança em relação à gestão anterior, que realizava leilões independentemente da ocupação dos imóveis. Agora, todos os imóveis ocupados estão sendo ofertados primeiramente aos moradores atuais. “Estamos realizando reuniões constantes e atendendo a todos os pedidos de prorrogação de prazos. Nosso foco é a venda, e se for necessário mais tempo para que ela se concretize, nós concederemos, mas precisamos de uma definição, pois o processo de desmobilização não será paralisado”, afirmou o diretor.

Os valores dos imóveis variam conforme localização, metragem e outras características, mas 70% estão dentro da faixa de preços do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. As casas foram avaliadas por uma empresa especializada com base na planta original, sem benfeitorias, sendo que a Itaipu adotou os valores mais baixos dessas avaliações. Além disso, foi oferecido um desconto adicional de 25% para quem não possui outro imóvel na cidade, resultando em descontos de até 40%. “Um exemplo é uma residência que foi avaliada em R$ 480 mil, mas que, após descontos, foi vendida por R$ 280 mil. É um desconto significativo”, concluiu o diretor.

Histórico
As casas da Vila A foram construídas a partir de 1975 para abrigar os trabalhadores envolvidos na construção da usina de Itaipu. Com o passar do tempo, essas casas foram cedidas a entidades que as disponibilizaram a seus funcionários como um incentivo para atrair talentos para Foz do Iguaçu. Os moradores pagam apenas uma taxa de ocupação, equivalente a cerca de 30% do valor de aluguel no mesmo bairro, e estão isentos do pagamento de IPTU.

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