Campanha que chamar atenção para um problema que mata mais de seis mil pessoas por ano no Brasil.
Nessa terça-feira (25), edificações da usina de Itaipu vão ganhar a cor azul para marcar a campanha do Dia Mundial de Prevenção do Afogamento. A ação atende a uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) para chamar a atenção sobre o problema. Quase seis mil mortes por afogamentos são registradas no Brasil todos os anos.
A causa também é abraçada por outros monumentos e locais, como o Palácio Iguaçu, em Curitiba, e, no Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, o AquaRio, o Bondinho do Pão de Açúcar, o Bonde de Santa Teresa, assim como a Igreja da Penha e a ponte estaiada Roberto Marinho; em São Paulo, o Palácio das Indústrias (Banespinha) e os clubes associados ao Sindiclubes.
Na Itaipu, serão iluminados o monumento da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), as calotas do Parque da Piracema e a fachada do Centro de Recepção de Visitantes (CRV), por onde passam os turistas que entram na usina.
Empresa reconhecida por suas ações de responsabilidade social, a usina de Itaipu tem aderido a vários movimentos similares, como o Outubro Rosa, campanha mundial de prevenção do câncer de mama, e o Novembro Azul, que marca a campanha de prevenção ao câncer de próstata, entre outros.
O gerente da Divisão de Segurança da Central, Edson Vidal, vê essa iniciativa por parte da Itaipu como algo bastante relevante, uma vez que parte dos afogamentos registrados em Foz do Iguaçu e região ocorre em balneários e rios que fazem parte das bacias fluviais dos rios Paraná e Iguaçu.
“Desse modo, empresas de grande porte que aderem a programas de disseminação de conteúdo preventivo vão ao encontro das estratégias implementadas por instituições como o Corpo de Bombeiros do Paraná”, diz.
25 de julho
A data foi decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2021, para lembrar que a prevenção é a melhor solução para os casos de afogamento. Encabeçado pela Sobrasa, o movimento “Go Blue” quer alertar para uma estatística assustadora: a cada 1h30, um brasileiro morre afogado no país, especialmente em rios, lagos e represas.
Segundo a organização, esses incidentes poderiam ser facilmente evitados por meio da disseminação de informações sobre segurança aquática e conscientização sobre os riscos envolvidos nesses episódios.
De acordo com a Sobrasa, os afogamentos responderam por mais de 2,5 milhões de mortes na última década, em todo o mundo. Desse total, 90% das mortes ocorreram em países de baixa e média renda. Globalmente, as principais vítimas são crianças de 1 a 4 anos, seguidas por crianças de 5 a 9 anos. No Brasil, em média, 16 brasileiros morrem afogados diariamente, ou seja, um a cada 90 minutos. O afogamento mata quatro crianças por dia, das quais uma morte acontece dentro de casa a cada três dias.
Este tipo de acidente corresponde à primeira causa de morte de meninos e meninas de 1 a 4 anos, à segunda de 5 a 9 anos e à terceira causa de 10 a 19 anos. De acordo com a Sobrasa, “são crianças que morrem em piscinas dentro de casa ou na casa de vizinhos, bebês que se afogam em baldes em acidentes domésticos e todos os tipos de fatalidades que poderiam ser evitadas com informação”.
Sobrasa
O trabalho da Sobrasa envolve mais de 3 mil voluntários, com oito programas diferentes de prevenção. Criada em 1995, por um grupo de guarda-vidas, médicos e outros profissionais atuantes na área de segurança aquática, a Sobrasa é uma organização sem fins lucrativos, que funciona como um conselho profissional e atua unindo o Brasil para reduzir os afogamentos e incidentes aquáticos.
Assessoria